HISTÓRICO DE MANGARATU

A história de Mangaratu é semelhante a tantas outras localidades antigas, colonizadas por imigrantes.

Por volta de 1912, Rozendo Galan deixa Torrecilhas de Los Angeles (Espanha) e vem para o Brasil com três dos seus filhos: Froylan, Jacinto, Faustina, que com 12 anos cuidaria de três homens.

Estabeleceram-se na Fazenda Boa Vista, em Uchoa, que pertencia ao Coronel Manoel Reverendo Vidigal. Rozendo Galan obteve sucesso no cultivo do café e retornou à sua pátria para buscar sua mulher Juliana e seus outros filhos que haviam ficado na Espanha. Nessa volta trouxe muitos outros familiares.

Deixaram para trás seus lares, parentes e amigos e muitos hábitos. Trouxeram sua força, garra para o trabalho, sua língua, suas receitas, suas rezas, seu canto e sua dança.

Enfrentaram viagem desconfortável de navio, na terceira classe localizada nos porões, em precárias condições sanitárias. Levaram cerca de 37 dias para chegar ao porto de Santos (dia 24 de junho: dia de São João). Dali seguiram para São Paulo até a Hospedaria dos Imigrantes.

Rozendo comprou cerca de 100 (cem) alqueires de terra virgem próximo a Pitangueiras (atual Nova Granada) no local conhecido atualmente como Mangaratu, denominado no início São João do Tejo Grande.

Porque chegaram em Santos em 24 de Junho, resolveram chamar a vila de São João do Tejo Grande, nome do maior córrego que passa pela vila. Outro menor é chamado de Tejinho. Para a criação do distrito, os documentos seguiram para São Paulo com o nome de São João do Tejo Grande e voltaram para Mangaratu com esse nome, não se sabe por quê.

A povoação de Mangaratu foi elevada a Distrito de Paz pela lei 2407 de 30/12/1929.

Mangaratu foi paróquia (veja a Casa Paroquial) com assistência de sacerdotes agostinianos, de origem espanhola. Teve sub-prefeitura, cartório, alfaiate, padaria, ferraria, loja de tecidos, médico, farmácia, máquinas de benefício de café e arroz, banda de música, cadeia, telefone e foi atuante politicamente.

Mangaratu encontra-se em fase de pouco movimento, mas foram instalados telefones domiciliares, orelhões, tem asfalto, escola, posto de saúde (médico uma vez por semana), centro comunitário e barracão de festas. Muito querida por seus filhos, esta é a Mangaratu de hoje (30/06/2009).

BIBLIOGRAFIA

  • O pouco que se sabe foi contado por antigos imigrantes e por seus filhos que lembram das histórias que ouviram de seus pais.
  • Os Galan e Mangaratu – livro de Maria Thereza Pessoa de Mello Salimon.
  • Diário da Região – jornal de São José do Rio Preto (23/10/2006).
  • Coletado por Orithya Alves Rodrigues Viôto, sobrinha-neta de Rozendo Galan, o desbravador.
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